domingo, 5 de junho de 2016

Trecho ferroviário da Serra em Gravatá tem grande potencial para trem turístico

Neste último Sábado, 04 de Junho de 2016, a ONG Movimento Nacional Amigos do Trem Regional Pernambuco, em parceria com o GET - Grupo de Estudos Turísticos promoveu uma edição especial da caminhada "Nos trilhos da história", contando com a participação também de representantes da CBTU, Museu do Trem do Recife, Antuerf e Projeto Memória Ferroviária de Pernambuco. Dessa vez o trecho percorrido foi na antiga Linha Centro de Pernambuco, no município de Gravatá, cortando a Serra das Russas. A caminhada teve como objetivo desbravar o trecho bem como fazer um

Participantes da caminhada posam para foto no viaduto
número 4.(Imagem: ONG Amigos do Trem/ divulgação)
reconhecimento do mesmo que está sem tráfego desde 2000. O trecho ferroviário compreendido entre Gravatá e Pombos possui 25 km e conta com 14 túneis ferroviários construídos no fim do século XIX pela Estrada de Ferro Recife a Caruaru além de 6 grandes viadutos em estrutura de concreto armado com alturas que beiram os 50 m. Além destes, há enormes cortes na rocha abertos para a passagem da ferrovia. Devido a sua riqueza histórica, arquitetônica e de engenharia, o trecho ferroviário Recife - Gravatá é tombado pela Fundarpe desde 1986. São poucos trechos como este encontrados no Brasil.
Segundo André Cardoso, diretor regional em Pernambuco da ONG Amigos do Trem "é inaceitável que este trecho esteja nessa condição atual. O potencial é muito grande. Manter isso no abandono, numa situação que vai se agravando com o avanço de construções irregulares nas margens da linha e próximo aos túneis e pontes é uma atitude irracional." Cardoso ainda afirma que não é apenas o potencial turístico que está sendo desperdiçado, mas parte importante da história do estado está sendo esquecida. O trecho em questão teve tráfego pela última vez no início dos anos 2000, quando o trem do forró fez sua última viagem para o Agreste e, por má conservação da linha, mudou seu roteiro para o Cabo de Santo Agostinho. A linha que corta Gravatá tem seu extremo na cidade de Salgueiro, Sertão de Pernambuco. Os trens de passageiros que faziam este percurso, até 1989, eram popularmente conhecidos como "Trem da Serra", em alusão ao trecho da Serra das Russas. Desde 2000 então a vegetação passou a retomar a área onde se encontram os trilhos, construções irregulares no leito da via em Gravatá e Pombos foram executadas, pequenos trechos de trilhos foram roubados e houve também pequenos desmoronamentos em alguns cortes, problemas observados também pelos membros da ONG Amigos do Trem em visita ao trecho. "Nada que não possa ser recuperado, ser revertido", afirma Cardoso complementando ainda com "falta apenas vontade das autoridades e participação da população".
Viaduto número 3 com 170 m de comprimento, é o maior
do trecho. (Imagem: ONG Amigos do Trem/ divulgação)
Recentemente a Prefeitura de Gravatá lançou notícia de que pretende reativar o trecho com fins turísticos. Uma notícia animadora e que precisa ir para frente. Segundo a mesma notícia, ainda não há projeto, mas há a proposta. Ainda há a necessidade de reconstrução de um pontilhão da linha demolido pela própria Prefeitura e que deve ser iniciada ainda esse ano. "Nessa caminhada conseguimos ver o grande potencial turístico da estrada de ferro. Devemos ter consciência que em todo mundo existem rotas ferroviárias turísticas que possuem um público cativo e apaixonado pelo modal. Precisamos formatar um projeto que inclua Pernambuco nesse roteiro internacional e que resgate o patrimônio belo e rico que esse e outros trechos possibilitam" é o que diz Fred Haeckel, representante da Antuerf - Associação Nacional do Transportador, Usuários de Estradas, Rodovias e Ferrovias em Pernambuco.
A ONG Amigos do Trem, que em parceria com a Prefeitura de Miguel Pereira no Rio de Janeiro está viabilizando projeto semelhante de trem turístico, se mobilizará também no sentido de tentar promover a concretização de um projeto para o trecho da Serra das Russas em parceria com possíveis outras entidades a se envolverem em tal iniciativa.

2 comentários:

  1. Caros amigos:
    Observem o que consta como histórico da empresa concessionária da malha ferroviária nordestina:
    A TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA S/A (TLSA) é uma empresa privada do Grupo CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), tendo sido criada originalmente com o nome de Companhia Ferroviária do Nordeste S/A (CFNSA) em 01 de janeiro de 1998. No seu relato cita que administra a malha ferroviária do Nordeste, adquirida da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) que era composta das superintendências regionais seguintes: SR 1 que compreende os estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte; a SR 11, o estado do Ceará e a SR 12 abrangendo os estados do Piauí e do Maranhão. Possui 4.238 km de malha ferroviária que se estendem pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas até o município de Propriá, em Sergipe.
    Em 2008, a Companhia Ferroviária do Nordeste S/A(CFN) mudou o nome da razão social para Transnordestina Logística S/A.
    Prestem bastante atenção no que é dito. A empresa fala que "ADMINISTRA" as ferrovias (ou malha ferroviária) do Nordeste,daí em-me a pergunta: o que é administrar? Segundo os tratados de administração que já oportunidade de folhear, "Administrar é dirigir recursos humanos, financeiros e materiais, reunidos em unidades organizadas, dinâmicas e capazes de alcançar os objetivos da organização, e ao mesmo tempo, proporcionar satisfação àqueles que obtêm os produto e/ou serviços, bem como aos que executam o trabalho". Mas, o que se observa com relação às vias férreas do Nordeste
    é totalmente o contrário; sãos quase todas desativadas e abandonadas, estações em ruínas, inclusive nas capitais de estados (como o caso das Cinco Pontas em Recife), o leito das malhas coberto de mato e na periferia de muitas cidades transformado em lixões; vagões de carga e de passageiros, assim como locomotivas transformados em um conjunto de ferros velhos, é isso administrar?
    Agora podemos questionar junto à CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), que mantém participação acionária na Transnordestina, e tem atividade principal a transformação do aço e ferro, por que não começa a utilizar o ferro velho em que estão convertidos os vagões e locomotivas, transformando-os em outros produtos e, assim, limpando os diversos pátios ferroviários onde estão amontoados, aplicando o valor desse amontoado de ferro velho na melhoria real das ferrovias do Nordeste, recuperando estações, malhas ferroviárias, adquirindo novos trens e fazendo-os funcionar realmente em benefício do transporte de carga e de passageiros dessa região tão sofrida e carente de investimentos. Acho que em sendo uma das donas da Transnordestina a aquisição do ferro velho não necessitará de leilão para essa aquisição.
    Fica aí a esperança de que haja esse movimento em benefício das nossas ferrovias, a partir de quem realmente tem condições e possa ter comprometimento para realizar essa tarefa - A CSN e a Transnordestina.
    Jeová Barboza - Timbaúba (PE)

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  2. Essa ong ,fundarpe e transnordestina é tudo farinha do mesmo sacoo !!! vc ve um monte de abetalhado tirando foto em trilhos.. mas ñ s faz nada de efetivo , só conversa bonita e o que se ve é invasão de via permantente roubo do mesmo , a linha centro arrazada destruida e nada s faz . Esse trecho esta la ainda p enquanto cm seus trilhos pela dificuldade de s roubar e ñ pq esse bando ta fazendo algo , tira foto e fala mil porcarias ñ adianta pq a ong ñ vai bater de frente cm a adm da malha , governo estadual, federal, prefeitura etc .
    . procurar a midia tentar trazer esse problema ao maior numero de pessoas possivel s fazer ouvir e ñ fika com sorriso de orelha a orelha em cima de um difunto na serra .

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